O Conjunto Habitacional Pedregulho é um dos ícones da arquitetura modernista brasileira e foi projetado pelo arquiteto Affonso Eduardo Reidy. O projeto se detaca pelo seu enfoque mais social. Com esse enfoque Reidy propõe a ligação entre moradia e o espaço externo, promovendo a instalação de serviços complementares às famílias na mesma área dos edifícios residenciais.

O complexo é composto também pelo projeto paisagístico de Roberto Burle Marx e painéis, de autoria de Candido Portinari, Burle Marx e Anísio Medeir, que por conseguinte une a arquitetura com as demaisvertentes artísticas.
Destinado para atender à demanda habitacional de funcionários públicos do Estado o complexo é constituído por sete edifícios: três residenciais, quatro de serviço(jardim-de-infância, maternal, berçário, escola primária, mercado, lavanderia, e centro sanitário) e áreas de lazer (quadras esportivas, ginásios, vestiários) e piscina. Na concepção arquitetônica do complexo cada obra é definida por um volume simples, integrado a um conjunto mais amplo, onde a forma indica a diferença de funções: o paralelepípedo destina-se aos prédios residenciais; o prisma trapezoidal aos edifícios públicos; e as abóbadas, às construções desportivas.
A intenção de manter a vista da baía de Guanabara para todos os apartamentos leva Reidy a projetar uma grande construção sobre pilotis, que dribla o declive natural da área pelo uso de passarelas, e uma avenida posterior no topo do terreno, recursos que dispensam elevadores.
CORTES

1-Acesso Clientes 2-Mercearia 3-Açougue 4-Peixaria 5-Frutas 6-Laticínios 7-Confeitaria 8-Frigorífico 9-Depósito 10-Padaria 11-Sanitário Feminino 12- Sanitário Masculino 13-Depósito de Farinha 14-Galeria 15-Entrada de Serviço 16-Recepção 17-Direção 18-Entrega à domicílio 19-Caldeira 20-Lavanderia 21-Rouparia
No Bloco do Mercado e da Lavanderia atualmente funciona uma oficina mecânica.
Neste Bloco a fachada deste edifício têm como principal característica seus brises móveis que protegem o mercado da insolação. O Prédio é linear e recebe pela mesma fachada os clientes para ambos serviços.
A separação entre estes serviços é simples, pois as funções estão disposta lado a lado. Observa-se também que por terem em comum o corredor frontal a circulação de pessoas de um serviço ao outro pode ser feita sem sair do prédio. Na lavanderia a parede em frente ao corredor de acesso é inclinada em função da orientação solar, de modo que esta proteje o interior da forte incidência solar.
O mercado é organizado em volta de um hall retangular fechado pelos brises, em um de seus lados estão o açougue, a peixaria e um, destribuem-se nos demais lado o local de vendas de frutas, legumes, laticínios e um outro frigorífico.
CONJUNTO PEDREGULHO COMO CENÁRIO NO FILME "CENTRAL DO BRASIL"
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THE NEW OPERA HOUSE
Escritório Snhoetta, Craig Edward Dykers e Kjetil Traedal Thorsen, 2004-2008, Bjørvika, Oslo, Noruega.
Dividido em dois por um corredor que se desenvolve de norte a sul, como uma “rua interna”. À esquerda desse grande corredor estão situados os espaços de público e à direita, as áreas de apoio e produção. Além do pavimento de acesso existem 4 pavimentos acima do solo e o equivalente a 3 pavimentos para baixo.
Um dos arquitetos responsáveis, Craig Dykers, destaca que a Ópera é um monumento que procura envolver os visitantes e ocupantes não apenas como objeto arquitetônico, mas também como proposta urbanística.
PLANTAS
PLANTA DE SITUAÇÃO
PLANTA DO PAVIMENTO TÉRREO
A estrutura oferece uma área total de 38.500 m² e inclui 1,100 salas, um dos quais tem 1,350 lugares e outro com 400 lugares.
PLANTA DO 1º PAVIMENTO
The New Opera House está equipada com o restaurante Argent, a Brasserie Sanguine no salão de espera e quatro bares (podendo até receber 1400 pessoas).
PLANTA DO AUDITÓRIO
Além de espaços para os espetáculos, o programa da ópera inclui áreas para cerca de 600 funcionários da área técnica, oficinas, salas de ensaio, academia de balé, além de escritórios administrativos. Apesar da densidade do programa, os arquitetos conseguiram manter espaços bem servidos de iluminação natural e, quando necessário, ventilação natural, incluindo grandes panos de vidro e jardins internos em algumas áreas.
PLANTA DO 2º PAVIMENTO
PLANTA DO 3ºPAVIMENTO
PLANTA DO 4ºPAVIMENTO
PLANTA DO SALÃO PRINCIPAL
O salão principal é construído como uma ferradura clássica em quatro níveis, com um teto alto que propicia um melhor tratamento o acústico. E , é constituído de : platéia, fosso de orquestra e palco. Tem 7 metros de diâmetro.
CORTES
SECÇÃO DO AUDITÓRIO
SECÇÃO DO SALÃO PRINCIPAL
ELEVAÇÃO DO EDIFÍCIO
O projeto soube dispor de modo inteligente os espaços de teatro, através de uma distribuição pragmática do programa, da diversidade de materiais e das formas externas expressivas.
O prédio emerge desde o mar até o centro de Oslo. A construção foi inspirada em um tímpano que emerge do mar e se caracteriza por sua superfície revestida em pedra .
ESPAÇOS X MATERIAS
Nos projetos do escritório Snøhett são os materiais, e todas as suas propriedades, que definem os elementos do espaço. No projeto da ópera três materiais básicos foram utilizado inicialmente: a pedra de coloração branca para os planos horizontais, a madeira para as paredes curvas internas e o metal para a parte de apoio. Posteriormente utiliza-se o virdo para a fachada.
Parede curvas X Madeira
As paredeS cuvas forão utilizados para marcar a transição entre o mar e terra. Nos espaços configurados por estas paredes o material empregado foi o carvalho, assim como do interior do auditório principal. Além das paredes, a madeira é utilizada em diversos espaços no piso e no forro, principalmente quando há necessidade acústica.
O hall tem uma forma orgânica que, além do aspecto formal e simbólico, tem funções de desempenho acústico. Para garantir o esperado desempenho acústico, as paredes são formadas de elementos de madeira de pequena dimensão, conferindo a rugosidade necessária para a absorção do som.
ACIMA IMAGENS DO HALL PRINCIPAL
O hall principal consiste em um amplo espaço aberto, e uso de materiais simples como pedra, concreto e madeira. A área oferece áreas de descanso, cafés, bares, restaurantes e guarda-volumes.
Parte de apoio X Metal
Os espaços referentes às áreas de apoio são todos revestidos externamente por painéis de alumínio, que também foram pensados em suas qualidades técnicas e possibilidades artísticas. A idéia era combinar durabilidade e estética. Os artistas também colaboraram no estudo de paginação e textura dos painéis de alumínio, a fim de conferir qualidade visual aos volumes, sem afetar a unidade do conjunto. Assim como no caso das pedras, foram estudados efeitos no detalhe dos painéis, visíveis à medida que as pessoas se aproximam dos objetos.
Sobre o aspecto funcional, os arquitetos propuseram uma organização espacial que permitisse o desenvolvimento das atividades técnicas, de produção e apoio de forma racionalidade. Os espaços deveriam, portanto, ser ao mesmo tempo funcionais e flexíveis.
Planos e superfícies X Pedra
A fim de conferir uma monumentalidade que pudesse ser legitimada pelo público, os arquitetos procuraram formas que permitissem o máximo de apropriação possível do edifício pelos usuários. Daí a idéia de um grande plano horizontal e superfícies inclinadas sobre o edifício. A monumentalidade, neste caso, foi obtida pelas extensões e articulações horizontais do conjunto, e não pela verticalidade. O projeto propõe a combinação des três elementos: o símbulo imprimido nas paredes curvas(transição mar-terra), a flexibilidade da parte de apoio e a monumentalidade dos planos horizontais e inclinados. Para tanto foi decido cobri uma área de aproximadamente 18.000m² com o mármore italiano La Facciata., por tartar-se de uma pedra que mantém seu brilho e cor, mesmo quando úmida. A idéia é que o material oferecesse a necessária neutralidade à distância, a fim de não interferir na idéia geral do edifício, porém que ganhasse detalhes à medida que observado de perto.
Fachada X Vidro
A grande fachada de vidro (até 15 metros de altura) entre o foyer e os planos inclinados do exterior definem as visuais do edifício em direção ao sul, oeste e norte. Além da função de transparência, durante o dia.
O grande pano de vidro funciona como fonte de luz para os planos e superfícies exteriores, à noite. A fim de minimizar a estrutura metálica de suporte à esquadria, os arquitetos idealizaram elementos de fixação colocados entre as lâminas que formam o sanduíche de vidro.
INTERIOR/EXTERIOR - Uma análise comparativa
A preocupação com o exterior é mais visível na Opera de Oslo, afinal está em uma zona portuária, um ponto de encontro entre a Noruega e o mundo. Tem sua forma inspirada em um tímpano. O interior é completamente diferente do exterior, principalmente na forma, o que nos remete a questão do espaço dentro do espaço, que gerou um amplo espaço de transição entre o interno e externo que é hall principal(foyer). Percebe-se também no interior o contraste das formas curvas com as linhas ortoganais que são predominates na edificação. Por fora os planos inclinados, "tapetes e superfícies", e dentro paredes curvas que se destacam no interior do edifício.
O exterior do Bloco Lavanderia e Mercado difere tanto do conjunto do qual faz parte como da Ópera de Oslo por não expressar um complexidade formal. A edificação apresenta uma forma retangular, seguindo as linhas modernistas da época, com disposições das funções de maneira simples, sendo assim um espaço menos fluente, pois é marcado pela divisão de funções exceto no mercado onde as funções se organizam em volta de um pátio. No entato esta edificação permite uma certa permeabilidade entre o lado de fora e dentro, já que por possui um atenparo semi-permeável composto por cobogós. Internamente os espaços são dispostos linearmente com pedominância de formas ortogonais nas paredes exceto pela parede localizádo perdo do acesso doe clientes da Lavanderia.
Comparação
Analizando os projetos apresentados, podemos perceber que são bem diferentes, a começar pelo uso. A Ópera de Oslo, que é o local onde se situa a Norwegian National Opera and Ballet, a maior instituição de música e teatro da Noruega e o auditório de Opera nacional. O outro, é a Lavanderia e Mercado de um Conjunto Residencial , o Pedregulho.
O projeto de Snohetta foi concebido para ser monumental em todos os aspectos. O próprio programa do concurso exigia isso. Para consegui esse objetivo os arquitetos procuraram formas que permitissem o máximo de apropriação possível do edifício pelos usuários, utilização de uma diversidade de materiais e formas externas provocativas.
Já a Lavanderia e Mercado do Conjunto Pedregulho é uma construção moderna. É um projeto linear, sem muitos ornamentos, e como foi falado acima, tem os brises na fachada como sua maior característica.
Ambos se assemelham quanto as fachadas, pois não possuem paredes. Na Opera de Oslo a fachada é toda em vidro, e na Lavanderia e mercado a fachada frontal é os brises.